TCC/Tema

Como definir o tema do TCC sem estresse

Um método gradual e progressivo para buscar o melhor tema

O tema do TCC é muito importante porque representa o primeiro nível de escopo e assim direciona e limita o que vier depois. E sua definição pode envolver várias emoções. Por exemplo, o medo de errar. Angústia se está demorando e há risco de perda de prazo. Irritação ou raiva quando a coisa não flui. Insegurança a respeito de estar fazendo do jeito certo. Emoções negativas não exatamente contribuem para melhorar a situação e, quando não dissipadas, ainda podem se acumular.

Aqui você encontra um método para tornar a definição do tema mais gradual, progressiva e, primordialmente, mais segura. Métodos são conceituais; também são apresentadas possíveis implementações do método.

Nota: O que você precisa para pôr este conteúdo em prática é uma pequena parte do artigo; o restante tem finalidade didática. Para facilitar essa aplicação, que é o que no fim das contas dá sentido ao conhecimento, no final você encontra um sumário da parte relevante em mapa mental.

Você pode ler e fazer comentários sobre este artigo no fórum.

O ideal

Se as coisas fossem lineares, ideais, para elaborar o TCC, você faria algo assim, provavelmente não na sequência exata:

  • Define o tema
  • Providencia um orientador
  • Faz a pesquisa
  • Redige e entrega o documento no prazo
  • Prepara a defesa, defende e é aprovado

Para o início, mais de um site sugere os seguintes passos:

  • Escolha a área que você gosta.
  • Escolha o tema
  • Escolha o orientador

É muito bom fazermos coisas de que gostamos, nem parece que estamos trabalhando. Também temos mais disposição para vencermos os obstáculos que via de regra surgem quando fazemos algo que desafia nossa capacidade atual. E ter escolha certamente é melhor do que não a ter.

Mas no mundo real as coisas não são bem assim.

A realidade

A realidade tem algumas diferenças fundamentais em relação à “idealidade”. Vamos ver as que considero mais críticas.

Você tem escolha?

Para planejarmos e tomarmos decisões, naturalmente pensamos. Para pensar, usamos informações; na falta de informações, podemos fazer suposições. Em qualquer caso, é crítico para a qualidade da decisão que as informações e suposições sejam verdade, isto, é, correspondam à realidade. Algo terrível e temível é o risco de tomarmos decisões com base em informações erradas e suposições equivocadas, os enganos.

Alguns dos passos acima para a estrutura da definição do tema do TCC de fato têm uma suposição implícita: que você tem escolha. Isso pode ou não ser verdade. No mestrado, eu busquei tema para a dissertação com essa premissa por vários meses, até descobrir que de fato tinha que primeiro ter um orientador, e o tema foi definido por ele. Você pode até escolher, mas, se não encontrar um orientador, pode ter que recomeçar.

Por isso, você pode notar que eu não uso a expressão “escolha do tema do TCC”, uso “definição”. Como o nome/termo/conceito que usamos tem um significado, e esse significado influencia o pensamento, a precisão da linguagem acaba sendo importante. Aqui consideramos o cenário em que é você que faz ou participa ativamente dessa definição.

Riscos

Outra diferença entre o ideal/perfeito e o real é que no mundo real existem riscos.

Por exemplo:

  • Coisas inesperadas podem acontecer.
  • Planos podem não estar totalmente conectados à realidade e furar.
  • As circunstâncias podem mudar, tornando os planos desatualizados.
  • Você pode errar.
  • Você pode tomar decisões sem qualidade suficiente.

Note que nem mencionei riscos físicos, como perda de arquivos sem backup, quebra de computador, doença de algum envolvido.

Riscos ameaçam o sucesso de qualquer projeto e convém então que sejam gerenciados: conhecidos, prevenidos, eventualmente remediados.

Fator de risco: estágio de maturidade

Ao elaborar o TCC, você começa sem saber muito, vai evoluindo, descobre coisas que não sabia, evolui mais, faz definições e toma decisões, até que as coisas se estabilizam. Em síntese, você terá estágios de maturidade no conteúdo, no processo e até na preparação para a defesa.

Uma forma de caracterizar estágios de maturidade que acho bem interessante é por analogia com o ser humano: bebê, criança, adolescente e adulto.

Usando esse modelo de maturidade, você pode fazer afirmações como:

  • “Esse tema é ainda um bebê, preciso aprofundar um pouco mais.”
  • “Estou adolescendo no processo do TCC”
  • “Acho que já estou perto de ficar adulto no conteúdo do TCC, mas me sinto ainda meio criança na preparação da defesa.”

Nota: Como qualquer modelo, essa não é a única possibilidade. Se você conhece alguma arte marcial, por exemplo, pode usar as faixas como modelo de estrutura de maturidade. O mais importante é que você tenha alguma experiência com a estrutura do modelo e que ela seja progressiva.

Um dos fatores causais de riscos é pretender definir o tema do TCC sem maturidade suficiente no respectivo conteúdo. Isso é como comprar uma casa sem visitá-la; pode dar certo, mas há boas chances de você encontrar algo indesejável. Também é semelhante a um adolescente decidir sobre sua profissão.

O tema do TCC tem a importantíssima função de definir o nível primário do escopo do conteúdo. Isso significa que o tema direciona e ao mesmo tempo limita o conteúdo. Definir o tema do TCC é análogo a, em uma busca de moradia, definir se você vai morar em uma casa ou apartamento; o que você vai buscar será bem diferente.

O escopo do TCC direciona e limita o conteúdo.

E se você escolher uma residência muito grande, mobiliá-la dará muito mais trabalho, levará mais tempo e custará mais. Se ela for pequena, pode não atender suas necessidades.

Por tudo isso, convém caprichar na definição do TCC. Mas “caprichar” é um conceito, você precisa ter um bom entendimento do que ele significa e, principalmente, saber como caprichar.

Você sabe precisamente como caprichar na definição do tema do TCC?

Um dos piores enganos que podemos cometer é quando achamos que sabemos algo mas de fato sabemos muito pouco. Se você quiser avaliar melhor esse risco com relação a “caprichar”, faça um teste rápido. Imagine que um colega lhe pediu orientação para definir o tema do TCC; o que você teria a dizer a ele sobre como caprichar nessa atividade?

Para onde você está indo?

Em essência, estamos falando da segurança na definição do tema. Quando mais segura for essa definição, maior será a probabilidade de sucesso. A meta, ou seja, o marco da atividade que quando alcançado determina que você pode prosseguir, é um tema de TCC seguro.

Como pretender segurança plena pode ter um custo de dedicação e tempo não aceitável, um nível de segurança razoável é mais conveniente. Essa ideia foi inspirada na Justiça, que trabalha com o conceito de considerar alguém culpado se as provas e argumentações estabelecem a culpa “além de uma dúvida razoável”.

A meta portanto e síntese do que você está buscando é um tema de TCC razoavelmente seguro.

Meta/busca: um tema de TCC razoavelmente seguro.

“Tema de TCC razoavelmente seguro” tem muitas letras e será bem usado aqui, portanto para simplificar e facilitar vou providenciar uma sigla: TTRS. Um TTRS é a meta e o que você busca, é o que você vai celebrar quando conseguir, é o que vai permitir a você seguir em frente com ânimo, é o que vai aliviar as incertezas sobre seu futuro relacionado ao TCC.

Meta: TTRS

Caracterizando um TTRS

“TTRS” é um conceito-síntese que por si não diz muito sobre o que deve ser buscado. A seguir listo os critérios que para mim caracterizam um TTRS. Eles podem variar conforme os tipos de TCC, que podem ser por exemplo uma revisão da literatura, o desenvolvimento de um técnica ou de um algoritmo, o princípio fundamental de uma tecnologia, mesmo um aspecto do voo de um inseto. Assim, fique atento para refinar os critérios para suas circunstâncias.

  • O tema representa um escopo bem delimitado.
  • Você tem um orientador para o tema.
  • Você tem as principais referências bibliográficas.
  • Você tem um conteúdo programático algo maduro*
  • Você tem uma boa ideia da estrutura do documento a ser entregue (que define o que você tem para fazer).
  • Você tem uma estimativa do tempo de dedicação necessário e tem essa disponibilidade.

* Analogia com o planejamento de ensino (veja na seção Ensino: Conteúdo programático em mapa mental: múltiplos usos).

Note que em certas circunstâncias pode não ser possível atender a todos os critérios. Se você optar por um tema com nível de segurança menor que razoável, você estará assumindo riscos. Acho isso válido; muitas vezes temos que tomar decisões sem segurança para qualquer direção possível, e não tomar decisões às vezes é pior do que assumir riscos.

E em assumindo riscos, é importante ter consciência de que eles podem se manifestar e inviabilizar o tema. Se você estiver preparado para essa possibilidade, vai doer menos!

Quando um risco nos encontra preparados, dói menos!

O que proponho a seguir é um método para buscar um TTRS.

O Método de Escolhas Estruturadas

Uma vez sabendo o que você está buscando, é preciso saber o que fazer para encontrá-lo. No mundo real, as coisas que fazemos não dão saltos: é um passo de cada vez, um comportamento de cada vez, um fragmento de experiência de cada vez. A próxima pergunta é então: como seguir gradual e progressivamente na definição de um TTRS?

A essência, metaforicamente, consiste em ter uma estrutura, o “caminho das pedras”, para você saber onde “pisar”. Vou descrever um método para essa estrutura fazendo uma analogia com definir o nome de um bebê.

A caixa Possibilidades

O método indica que algo que pode ser feito é buscar possibilidades. Uma forma de fazer isso é listando nomes conhecidos e pesquisando outros nomes existentes. Os critérios definem o que será buscado; se o nome deve ser diferente, novo, a direção é buscar inventar nomes.

Uma possível metáfora para o método é que ele tem “caixas” onde são colocados nomes; Possibilidades é uma das caixas.

Imagine que seja você a fornecer conteúdo para uma caixa Possibilidades de nomes. Fácil, não? Em pouco tempo, sem pensar muito e sem pesquisar, você encontra vários nomes.

Uma vez tendo possibilidades para nomes, uma forma de escolher é selecionando uma dentre elas. Selecionar dentre possibilidades é muito mais fácil do que inventar ou descobrir.

Selecionar dentre possibilidades é muito mais fácil do que descobrir ou inventar.

A caixa Opções

Mas há milhares de possibilidades para nomes, e a maioria não vai atender aos critérios. Podemos introduzir mais um passo selecionando quais são opções. Uma opção é factível, viável, e você pode escolhê-la sem pensar ou pestanejar.

Um exemplo de critério para caracterizar uma opção de nome para um filho é que agrade tanto à mãe quanto ao pai.

Você pode pensar em critérios como filtros que são aplicados a uma caixa para selecionar um nome. Pode haver filtros “sim” e filtros “não”; agradar é um possível filtro “sim”, nome comum é um possível filtro “não”.

A caixa Candidatos

Pode haver muitos critérios a serem aplicados a um nome para promovê-lo de possibilidade a opção, como:

  • Som aberto (por exemplo, a letra “a” abre o som, a letra “u” o fecha)
  • Nome pequeno (uma família que conheci tinha três filhos com nomes de duas letras, como Ed)
  • Nome bíblico

Quanto mais critérios, mais difícil será aplicá-los de uma vez. Para facilitar isso, podemos introduzir uma caixa intermediária entre Possibilidades e Opções, a de Candidatos. Dentre possíveis nomes, fazemos uma pré-seleção daqueles que nos parecem aceitáveis.

Agora não precisamos olhar para as possibilidades de nomes pretendendo escolher, nem mesmo identificar opções, apenas fazemos uma pré-seleção, sem muito rigor.

O critério de agradar à mãe e ao pai me parece interessante para que uma possibilidade se torne candidata. Ambos podem formar sua lista de candidatos e a caixa é preenchida com a interseção das listas.

A caixa Ideias

Mas o fato de colocarmos um nome na caixa Possibilidades implica que admitimos ou supomos que ele é, bem, possível. Considere o inovador nome de um dos filhos de Elon Musk e Grimes, “X Æ A-12” (o Æ é pronunciado “esh”, o som do todo é algo como eks-esh-ei-tuelve).

Será que tal nome pode mesmo ser registrado? Nomes com espaços são aceitáveis nos bancos de dados? Os sites de pesquisa o encontram?

Para termos lugar para guardar esses nomes tão incertos, podemos introduzir no método a caixa Ideias. A estrutura fica assim:

Note que o nome X Æ A-12 poderia seguir o fluxo do método assim:

- Começa como Ideia.

- Pode ser registrado, então torna-se Possibilidade.

- É aceito pelo pai e pela mãe, então torna-se Candidato. Aqui pode ser considerada a tecnologia: como esse nome funcionaria nos cadastros e pesquisas?

- Para avaliar se é Opção, eu olharia do ponto de vista da criança: como ter um nome assim tão incomum a afetaria? Sendo os pais famosos, esse nome iria ser muito comentado na mídia, isso seria relevante?

O todo

Essa estrutura eu chamo de Método de Escolha Estruturadas. Note que esse método é bem melhor do que, ao considerar um possível nome, avaliar imediatamente se ele será definido.

Vamos ver que valor esse método pode agregar à definição do TCC.

Aplicação ao TCC

Os critérios para caracterizar um tema de TCC de qualidade já foram tratados acima; ao aplicar o método, o que você busca é ter pelo menos um TTRS na caixa Opções.

A partir daí, você vai buscar Ideias, avaliar quais são Possibilidades, dentre estas extrair Candidatos, dos quais pelo menos um deve se tornar Opção. Essa sequência naturalmente não é rigorosa, uma Ideia pode ir direto para Candidatos, por exemplo.

Um primeiro filtro recomendável é a área de conhecimento, de fato uma subárea da subárea da área. Sem essa filtragem mínima, a quantidade de ideias vai explodir e ficar intratável.

Para um tema ser considerado Possibilidade, os critérios são técnicos, ele é factível no mundo, embora você ainda não saiba se ele é factível por você. Um problema ainda sem solução conhecida não convém passar de uma Ideia.

Uma Possibilidade pode se tornar um Candidato quando você tem o suficiente para avaliar que consegue trabalhá-la no prazo mas ainda não tem orientador. Conseguir um orientador pode ser o fator definidor que faz com que um candidato seja “promovido” a opção.

No caso do TCC, avaliar se uma possibilidade é opção é arriscado. Depois que aprofundamos em um conteúdo, descobrimos vários aspectos, nuances, questões de consistência e outras coisas que podem caracterizar que não, pode ser possível mas não viável. Um exemplo é descobrir que o escopo está muito grande e deve ser mais bem delimitado.

Uma vez tendo candidatos, agora você tem um escopo bem menor de temas para aprofundar. Você então passa a aprofundar cada candidato, sendo o objetivo principal identificar quais são opções, isto é, quais são TTRS.

Se você deve elaborar um pré-projeto de TCC, a caixa onde irá procurar primeiro será a de Candidatos. Nesse caso, ter o pré-projeto aprovado será um critério determinante para caracterizar o tema como Opção.

Além de estruturar a atividade de definição do tema do TCC, esse método propicia um desenvolvimento gradual e evolutivo da sua maturidade nessa atividade, apoiando no sentido de uma tomada de decisão segura.

Possíveis implementações do método

Um método é conceitual, é um modelo; para que se torne prático, é preciso uma forma para sua implementação ou, como vi em um livro de análise de sistemas, sua “encarnação”. Sem uma parte prática, qualquer conceito ou conjunto de conceitos é “reles” teoria. E pode haver várias implementações para um mesmo método.

Algo conceitual deixa de ser teoria quando você sabe o que fazer para usar, para aplicar esse algo, ou seja, as ações. No caso do Método de Escolhas Estruturadas, isso inclui:

  • Registrar um tema na sua caixa
  • Excluir um tema
  • Mudar a caixa de um tema
  • Renomear um tema

É possível implementar o método em qualquer recurso que permita a você executar essas ações, desde papel até um mapa mental, passando pelo Word ou equivalente. Claro, com recursos mais apropriados será mais fácil e mais produtivo.

Vou descrever as duas opções que considero melhores.

Implementação no Word

Em uma implementação do Método de Escolhas Estruturadas no Word, você cria um título 1 para cada caixa e os temas ficam como Títulos 2. O documento nesse caso é para uma área; se você estiver pesquisando mais de uma área, esta pode estar no primeiro nível de título.

O Word tem um painel de navegação que serve bem às operações de movimentação. Mudar a caixa de uma tema, por exemplo, consiste em simplesmente arrastar seu título.

Note que a ordem das “caixas” é de Opções para Ideias. Convém que ver as mais importantes seja fácil e imediato.

Implementação em mapa mental

Na implementação do Método de Escolhas Estruturadas em mapa mental, cada caixa é um tópico principal (figura).

Os temas são subtópicos de cada tópico principal.

O critério para a organização dos tópicos principais é o mesmo do Word. Os tópicos Ideias e Possibilidades provavelmente terão muitos subtópicos, o que jogaria os outros mais importantes muito para baixo, dificultando sua leitura.

Uma opção que pode ajudar aqui é tornar o mapa mental radial, isto é, com tópicos em ambos os lados, como na ilustração abaixo. Eu geralmente uso a direção para a direita quando tenho que gerar imagens que cabem legivelmente em páginas. A versão 2.0 do EasyMapper melhorou isso, porque ele permite múltiplas visualizações de um mesmo mapa mental, as vistas, que podem ter direções diferentes.

As ações do método de Escolhas Estruturadas em mapa mental ficam assim:

  • Registrar um tema -> inserir um subtópico no tópico da caixa, digitando ou colando
  • Mudar a caixa de um tema -> arrastar e soltar
  • Excluir um tema -> deletar o tópico
  • Renomear um tema -> editar o texto do tópico do tema

Promover um tópico de Possibilidade a Candidato, por exemplo, é feito apenas arrastando-o até o tópico Candidatos e soltando-o.

Na minha avaliação, a eficiência da implementação em mapa mental é semelhante à do Word, exceto quando a quantidade de tópicos crescer. No Word, os itens não vão caber em uma tela; em um mapa mental será possível visualizar mais conteúdo no mesmo espaço visual.

Também é possível focar um tópico, isto é, expandir toda a sua subárvore enquanto os demais são contraídos. A figura abaixo mostra o mapa mental acima com foco no tópico Possibilidades. No Word isso pode ser feito, mas não com a mesma rapidez de uma só tecla.

Outras implementações

Outras implementações são possíveis, até no Bloco de Notas e no Excel. Mas uma implementação que dificulte as operações será muito improdutiva. A implementação ideal seria uma especializada, isto é, conhece o método e é feita para ele. Enquanto não temos isso, vamos nos virando com o que tivermos de melhor.

Só convém ter cuidado com a ideia de que “Quem só tem martelo acha que tudo é prego”; já vi gente que faz praticamente tudo no Excel, até mapa mental, e fatalmente paga o preço de não usar ferramentas mais adequadas para casos específicos.

Usando o método

Quando usa o método Escolhas Estruturadas, algo que você deve ter presente é o seu objetivo: definir o Tema de TCC Razoavelmente Seguro. Tudo que você fizer que o aproxime da meta é válido (na minha opinião, se for também legal e ético).

De forma análoga, o que você fizer que não o faz avançar no objetivo é falta de, bem, objetividade. Um exemplo desse caso é se apegar demais à estrutura do método e sua sequência. A vida é dinâmica e tudo pode acontecer, desde algo que você achava que era opção de fato passou a não ser mais, como, tendo apenas uma ideia, encontra uma referência que a torna imediatamente uma opção.

Assim, se você tiver que se apegar a alguma coisa, apegue-se à objetividade!

A objetividade fornece a você uma referência para lidar com situações incômodas. Por exemplo, não tem sequer um candidato? Busque possibilidades. Não tem possibilidades suficientes? Busque ideias.

Em particular, você pode experimentar situações de bloqueio, de “atoleiro”, de não saber o que fazer a seguir.

Você então pode ir buscar ideias. Se não vierem ideias, pode fazer um brainstorm: em um mapa mental diferente, vá registrando tudo que vier à mente: uma ideia puxa outra, que puxa outra e você pode acabar encontrando algo interessante.

Objetividade certamente é um valor de qualquer processo planejado, mas, na minha avaliação, há um valor tão importante quanto: fluir. Quando as coisas estão fluindo, mesmo que você vá se deparar com um beco sem saída, pelo menos descobriu isso e pode replanejar. O Método de Escolhas Estruturadas assegura que você terá o que fazer em qualquer momento em que não tiver o próximo passo.

Fontes de ideias

Ter pontos de partida costuma ser melhor do que partir do zero. E mesmo ideias inicialmente impossíveis ou impraticáveis podem conduzir a outras melhores. Você pode obter muitas ideias no artigo 700+ Ideias para TCC.

E se você ainda está buscando a área do TCC, este artigo pode lhe inspirar.

Sumário

A seguir um mapa mental com as partes relevantes deste artigo. Por limitações de espaço, um tópico foi contraído e é mostrado na imagem seguinte. O mapa mental completo está disponível em formato PDF de página única (200 kB).

Clique aqui para baixar o original desse mapa mental (formato .easyx, 4 kB).

Veja também:

Procurando área para o TCC? Veja aqui uma dica preciosa!

Um canal do YouTube com as áreas da ciência e tecnologia organizadas e ilustradas

700+ ideias para TCC

Um mapa mental para facilitar sua consulta às ideias do site Temas para TCC