Iniciação/Conhecer

Riscos de não conhecer mapas mentais

Você pode estar perdendo sem saber

O que você não conhece, não pode sequer desejar nem sentir falta. Mas algumas coisas podem redirecionar seu futuro. Veja aqui algumas diretrizes para lidar com esse risco.

Risco de não conhecer

Algumas coisas que acontecem conosco, até simples, podem fazer grandes diferenças em nossas vidas. Um exemplo é um encontro com uma certa pessoa. Observe em você mesmo: considere alguém importante para você atualmente e pense como poderia ser sua vida hoje sem essa pessoa.

Por vezes é uma única frase, devidamente colocada em prática. Uma que incluo nessa categoria eu vi no início do filme O Grande Gatsby.

O protagonista conta que seu pai lhe dera um conselho: “Busque o que há de melhor em cada pessoa”. Reflita um pouco sobre como o mundo seria diferente se muitas pessoas fizessem apenas isso.

Esse grande impacto gerado a partir de uma única diferença é o efeito borboleta. (artigo, vídeo).

A minha forma preferida de me referir ao efeito borboleta em nossas vidas é que ele redireciona nosso futuro.

Pequenos acontecimentos podem redirecionar nosso futuro.

Em particular, para quem trabalha ou estuda, um efeito borboleta pode resultar de um único novo método ou uma nova ferramenta.

Essas ideias ensejam a pergunta: o que existe que poderia ter tal impacto-borboleta na nossa vida? Se existe e sabemos disso, ainda podemos buscá-lo. Mas e se existe e sequer sabemos disso? Claro, não vamos sentir falta, desejar e muito menos buscar.

Não podemos desejar o que sequer conhecemos.

Não podemos sentir falta do que sequer experimentamos.

Opiniões geram riscos

Uma pesquisa de rastreamento ocular realizada na Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri calculou que, ao visualizar um site, os usuários levam menos de dois décimos de segundo para formar uma primeira impressão. Um estudo do Google encontrou valores ainda menores.

Outro estudo, sobre primeiras impressões de pessoas, constatou que as pessoas formam impressões sobre outras em cerca de um décimo de segundo!

E, acredite se quiser, a palestra Your body language may shape who you are, no ótimo site ted.com, conta que Alex Todorov, na Universidade de Princeton, mostrou que julgamentos dos rostos dos candidatos políticos em apenas um segundo preveem 70% dos resultados do Senado e das eleições para governador nos EUA.

Em nenhum caso foi definido o que é “impressão”, mas acredito que está muito ligada a opinião. Uma opinião seria formada a partir de um conjunto de impressões, uma impressão-síntese. Um conjunto de impressões uniformes, positivas ou negativas, estabiliza uma opinião. Claro, depende da pessoa; algumas parecem estabilizar, melhor, enrijecer uma opinião só com a primeira impressão.

Uma vez com uma opinião, as pessoas naturalmente vão usar essa opinião como referência. Por exemplo, qual é o seu local preferido para lazer? Qual é um de seus pratos prediletos? Se neste caso você notou água na boca, sabe como pode ser intenso o efeito de uma opinião; um pensamento gerando um efeito no corpo!

E uma opinião convicta funciona como um viés de confirmação, isto é, o que é consonante com ela é processado e o que é dissonante é simplesmente ignorado. No caso dos políticos, é irônico: eles gastam milhões para convencer eleitores que ouvem mas de fato não escutam... O dito popular de que “entra por um ouvido e sai pelo outro” tem lá seu fundamento.

O grande risco de opiniões prematuras

Uma possibilidade associada à formação de opiniões é se enganar. Uma opinião de que algo não vai ser útil, por exemplo, de fato não é fiel à realidade. Assim, podemos efetivamente encontrar algo que redirecionaria ou facilitaria bastante nossa vida, mas não percebemos isso e deixamos passar a oportunidade.

Um possível fator causal dessa avaliação sem qualidade é a superficialidade; não aprofundando o suficiente, podemos tirar conclusões prematuras e equivocadas e não avaliar com qualidade a relevância do que encontramos.

Superficialidade em decisões é arriscada: já pensou não perceber que alguém é a pessoa da sua vida porque não a conheceu mais profundamente? Ou decidir pular em alguma água sem saber a profundidade?

(freepik)

Possibilidade arriscada: avaliar sem aprofundamento suficiente.

Outro possível fator causal de opiniões sem qualidade é a falta de experiência. Avaliar algo sem experiência é como decidir não comer um prato apenas pela aparência; acertar o sabor apenas por suposição tem suas incertezas.

Possibilidade arriscada: avaliar sem experiência.

Finalidade essencial: decisão de qualidade

Esta seção Iniciação visa fornecer o que você precisa saber para avaliar com um bom nível de aprofundamento uma ferramenta, os mapas mentais: o que e como são, para que servem e possibilidades para o que você pode fazer com eles. Também comentamos sobre mitos, ilusões e exageros sobre mapas mentais que você vai encontrar por aí.

Nós vivemos em uma “babel” de línguas e nomes para as coisas, onde coisas iguais podem ter nomes diferentes e coisas diferentes podem ter o mesmo nome. Isso ocorre com mapas mentais; para lidar com essa confusão, preparamos um artigo especial.

Conhecendo e entendendo melhor o recurso/ferramenta, você pode decidir a respeito dele com maior segurança e não corre o risco de perder uma boa oportunidade por dispor de informações superficiais, incompletas ou distorcidas.

Iniciar-se também pode evitar que você invista tempo, esforço, talvez dinheiro em algo que não lhe trará benefícios nem vantagens suficientes, como parece ocorrer tantas vezes.

Em síntese, sua decisão, como qualquer decisão de qualidade, será consciente, motivada e sustentada.

Naturalmente, se você está iniciando, você não tem preparo para decisões estruturais, e a decisão mais inteligente agora é, na minha avaliação, a de buscar saber mais. Para isso, e como uma introdução mais breve e didática, você pode ler o artigo O primeiro mapa mental a gente nunca esquece.

Decisão de qualidade: buscar se informar mais.